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EXPLANTE MAMÁRIO

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O explante mamário é a remoção da prótese de silicone, tanto por questões de saúde quanto por questões estéticas.

 

QUANDO É INDICADO O EXPLANTE MAMÁRIO?

 

A remoção da prótese pode ser necessária em decorrência de:

 

Doenças relacionadas ao implante de silicone, como é o caso, por exemplo, do Linfoma Anaplásico de Grandes Células Associado a Implante Mamário (BIA-ALCL – Breast Implant Associated Anaplastic Large Cell Lymphoma).

 

Esse problema é um tipo raro de linfoma de células grandes — câncer do sistema imunológico, que nesse caso pode ocorrer na cápsula fibrosa. Quando diagnosticado cedo, a simples remoção da cápsula e do implante são o tratamento.

 

Outra patologia associada aos implantes de silicone é a Síndrome Autoimune Induzida por Adjuvantes (ASIA) — essa, por sua vez, manifesta-se em quem possui predisposição genética para a disfunção.

 

Os Adjuvantes são substâncias estranhas ao corpo, que provocam uma reação imunológica do organismo — a colocação de próteses de silicone pode ser um gatilho para esse processo.

 

Para receber esse diagnóstico a paciente precisa preencher alguns critérios que foram estabelecidos por Shoenfeld  e colaboradores, em publicação de 2011. Estes autores estabeleceram que para uma paciente receber o diagnóstico deve possuir 2 critérios maiores ou 1 maior e 2 menores que seguem:

 

Critérios Maiores

- exposição ao adjuvante

- sintomas como mialgia, fadiga, artralgia , artrite, distúrbios do sono, manifestações neurológicas (desmielinização), perda de memória, distúrbios de aprendizado, aumento da temperatura corporal, boca e olhos secos.

- remoção do adjuvante promove melhora dos sintomas

- biópsia característica de algum órgão acometido

 

Critérios Menores

- presença de anticorpos no sangue

- síndrome do intestino irritável

- evolução de alguma doença autoimune como sarcoidose, esclerose sistêmica ou esclerose múltipla

 

É importante enfatizar que até o momento não há comprovação científica de que a retirada das próteses (explante) promova a melhora dos sintomas. Estima-se que entre 50-60% dos casos, dependendo de vários fatores individuais pode evoluir com melhora.

 

CONTRATURA CAPSULAR

Trata-se de uma reação do organismo que cria uma cápsula mais espessa para isolar o material sintético identificado pelas células, formando uma cápsula fibrosa e rígida ao redor do implante.

O enrijecimento dos seios, dores ou desconfortos e, até a alteração no formato são algumas das consequências da contratura capsular.

Nesse caso efetua-se a retirada da cápsula e a imediata troca da prótese, sem a necessidade de permanecer sem a prótese. Saiba mais no meu artigo publicado na revista da SBCP.

 

RUPTURA DA PRÓTESE DE MAMA 

Em caso de ruptura do implante de silicone, o explante da prótese de mama é obrigatório. Podendo o implante ser substituído por uma prótese nova no mesmo ato cirúrgico. A ocorrência da ruptura pode ser tanto assintomática quanto sintomática.

 

Quando sintomática, o diagnóstico da ruptura foi feito tardiamente, e pode ocorrer dor, bem como constatar o surgimento de nódulos nos seios, mudança da consistência e a alteração no formato ou tamanho deles.

 

QUESTÕES ESTÉTICAS

Pacientes que desejam diminuir o tamanho dos seios, por exemplo por aumento de peso ao longo dos anos.

Ainda, há quem decida remover definitivamente os implantes, por conta de um movimento de maior aceitação do próprio corpo ou, mesmo, por outras questões pessoais.

 

COMO É REALIZADO O EXPLANTE? 

 

O explante mamário é feito através de um procedimento cirúrgico no qual, em geral, pode-se usar a mesma cicatriz feita para a colocação da prótese de silicone.

O explante pode ser somente a remoção da prótese, a remoção da prótese e a remoção da cápsula ou pode ser o explante em bloco que consiste na remoção do implante ainda dentro da sua própria cápsula, sem a abertura dela.

Vale salientar que a retirada do implante e a não substituição dele por outro pode deixar algum grau de flacidez nas mamas, principalmente em próteses muito volumosas, devido ao estiramento da pele.

Isso acontece porque o tecido cutâneo estava esticado e firme com a prótese. Com a retirada é comum ficar uma sobra de pele e as mamas ficarem mais caídas e flácidas.

 

 

TIPO DE ANESTESIA 

A anestesia para a realização do explante mamário pode ser local com sedação, peridural ou geral.

 

PÓS-OPERATÓRIO 

Se a paciente que fizer o explante quiser realizar a correção imediata da flacidez da mama, que porventura possa existir, ela poderá ser feita através de uma mastopexia.

Caso não haja intenção em colocar nova prótese, existem técnicas que podem ajudar como a enxertia de gordura (lipoenxertia), que visa aumentar sutilmente o volume da mama, após um explante.

 

Nem sempre a enxertia pode ser realizada no mesmo tempo cirúrgico da retirada da prótese, podendo ser indicada num segundo tempo.

Nesse caso, o pós-operatório de um explante de silicone vai depender muito dos procedimentos que forem realizados em cada caso.

 

As recomendações devem ser feitas diretamente pelo cirurgião plástico, e devem ser rigorosamente seguidas pela paciente.

Vale lembrar, que a revisão da prótese de silicone deve ser feita periodicamente (no máximo anualmente) junto com seus exames de mama de rotina, pelo seu ginecologista ou mastologista de confiança, e seu cirurgião plástico deve estar sempre ciente de quaisquer alterações que os exames possam apresentar.

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Dr. Marco Aurélio Guidugli

Médico com mais de 20 anos de Experiência formado pela UNICAMP e mais de 15.000 cirurgias realizadas. Cirurgião Plástico Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Especialista em Cirurgias de Mama e Contorno Corporal. Autor da Coluna "Plástica sem Medo" do IG. Realiza as suas cirurgias no Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Hospital São Luiz.

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